24 ago, 2021
A planta de algodão apresenta o ciclo perene, portanto, continua a se desenvolver mesmo após a colheita. Por essa razão, é de extrema importância na cotonicultura realizar a destruição da soqueira do algodão.
Essa prática é imprescindível para evitar a competição das tigueras de algodão com a cultura seguinte, que na grande maioria das vezes é a soja. Além do aspecto da competição, há o aspecto legal do vazio sanitário do algodão, onde a destruição de soqueira evita que pragas e doenças se desenvolvam na área e promovam “ponte verde” às novas safras de algodão. A destruição de soqueira possibilita a redução de mais de 70% da população dos insetos-praga que poderiam sobreviver no período da entressafra.
Escolher o melhor manejo para a destruição da soqueira, é fundamental, e por isso, separamos as principais características para auxiliar na tomada de decisão:
Manejo Mecânico - Nesse método são utilizados implementos agrícolas para que os restos culturais sejam roçados e triturados. De forma geral, essa é a primeira etapa da destruição dos restos culturais, independente do procedimento que venha ser utilizado.
Manejo Químico - É o método mais utilizado entre os cotonicultores associado ao método mecânico. É realizado com o uso de herbicidas auxínicos (2,4-D, tryclopir e dicamba) e inibidores da protox (carfentrazone e saflufenacil), utilizados de forma isolada ou associada. Há necessidade de se fazer aplicação sequencial para obter maior controle da soqueira.
Método Cultural – Proporcionar condições ideais de estabelecimento e desenvolvimento da cultura sucessora é uma estratégia que auxilia no controle da rebrota e inibe o desenvolvimento inicial de plantas sobreviventes de algodão.
Lucas Barcellos – Pesquisador da área de Matologia
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